domingo, 18 de março de 2012

A BÊNÇÃO PELA FÉ


Houve homens que Deus usou no passado que tinham um caráter excelente. É o caso de Noé.
A Bíblia diz que era um homem justo e íntegro perante seus contemporâneos e andava com
Deus. E, porque andava com Deus, foi escolhido e salvo, assim como toda a sua família.
Também Abraão foi um dos escolhidos. Oriundo dos semitas, isto é, de um dos filhos de Noé,
chamado Sem, foi justificado e abençoado por causa da sua fé. E isto prova que o homem não é
salvo por suas boas obras, pois, se não aceitar Jesus como único Senhor e Salvador, suas boas
obras de caridade não poderão justificá-lo perante Deus, nem, tampouco, da fé no Senhor Jesus,
e pelo ouvir a Palavra de Deus e praticá-la, que nos tornamos justificados diante de Deus.
Veja que os homens usados por Deus foram justificados e abençoados pela fé e não por obras,
embora estas venham a ser uma conseqüência do novo caráter que Deus nos concede, quando
aceitamos Jesus no coração.
Igreja Universal do Reino de Deus faz uma obra belíssima, que é a ABC; mas, isto não a
justifica para salvação, e sim a fé no Deus vivo, que é a base do cristianismo. Entretanto, houve
um homem que, embora herdasse a bênção de Abraão, não foi correto nas suas atitudes.
Esse homem foi Jacó, que negociou com seu irmão Esaú, um prato de lentilhas, em troca do
direito de primogenitura. E até a seu pai, Isaque, que estava cego, enganou, fazendo-se passar
por Esaú. Jacó significa usurpador, enganador, aquele que tira vantagem da fraqueza alheia.
Observe, leitor, que ambos agiram de modo errado. Jacó porque tomou o que não lhe pertencia,
e Esaú desprezou a bênção: “Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, esmorecido, veio do
campo Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco deste cozinhado vermelho, pois
estou esmorecido... Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Ele respondeu:
Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? Então disse
Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou, e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.
Deu, pois, Jacó a Esaú, pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu.
Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura” (Gn.25:29-34).
Aí está o erro de muitas pessoas que se dizem cristãs; mas, não se comportam como tais, pois
ainda se entregam às concupiscências dos olhos e do coração, não se importando se aquilo que
desejam conflita com a vontade de Deus. Por isso, muitas estão por aí caídas, prostradas, desanimadas,
frias na fé, porque vêm desprezando a bênção espiritual, para se agarrar a bênçãos materiais.
Esaú desprezou o que era mais importante na sua vida, e seu irmão, Jacó, aproveitando, conquistou
ilicitamente aquela bênção. Tudo o que Jacó colocava a mão prosperava; porém, ainda
assim, gemeu e padeceu, sua vida foi marcada por derrotas espirituais, por causa de seu caráter
mau.
Para casar-se com Raquel, a moça que ele amava, trabalhou sete anos, e no dia do casamento,
seu sogro deu-lhe a irmã mais velha, Lia, como era o costume da época. Por Raquel trabalhou
mais sete anos. Assim como enganou seu pai, foi enganado pelo sogro.
Se quisermos colher bons frutos amanhã, devemos plantar boas sementes hoje. E isto é uma
lei fixa e Deus não vai ultrapassá-la. Veja que Jacó possuía a bênção de Abraão e de Isaque, mas
mesmo assim ele padeceu. E somente depois que ele lutou com Deus, não só o seu caráter foi
mudado, como o seu nome, para Israel.

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